Vídeo mostra resgate de criança presa sob escombros após ataque em Gaza


Em balanço divulgado no sábado (7), médicos locais afirmam que ataques militares israelenses na Faixa de Gaza haviam matado pelo menos 61 pessoas em 48 horas. Criança presa sob escombros
REUTERS/Defesa Civil Palestina
Um vídeo divulgado pela Defesa Civil Palestina na sexta-feira (6) mostra o resgate de uma criança presa sob os escombros após um ataque israelense em Tal Al-Hawa, ao sul da cidade de Gaza.
Durante a operação, que era acompanhada pelo avô do menino, os resgatistas conversavam com ele enquanto perfuram os destroços e tentam soltá-lo.
“Ele está acordado. O que devo dizer a seu avô?”, pergunta um dos agentes da Defesa Civil”. “Seu avô ama você!”, afirma o idoso ao fundo.
As imagens também mostram a criança, após o resgate bem sucedido, sendo levada ao hospital pela ambulância. Veja abaixo:
Criança é resgatada de debaixo dos escombros em Gaza
Mortos em meio ao conflito
Em balanço divulgado no sábado (7), médicos locais afirmam que ataques militares israelenses na Faixa de Gaza haviam matado pelo menos 61 pessoas em 48 horas.
Um ataque aéreo ao complexo escolar Halima al-Sa’diyya, que serve como abrigo para pessoas deslocadas no campo de refugiados urbanos de Jabalia, matou pelo menos oito pessoas e feriu outras 15, disseram os médicos.
O Exército israelense afirmou que o ataque tinha como alvo um centro de comando do Hamas dentro do complexo. Israel acusa o Hamas de explorar repetidamente civis e infraestrutura civil para fins militares, uma alegação que o Hamas nega.
Onze meses após o início da guerra, várias rodadas de diplomacia até agora não conseguiram fechar um acordo de cessar-fogo para encerrar o conflito e trazer a libertação de reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza, bem como muitos palestinos presos em Israel.
Foto liberada pelo Exército de Israel de operação em Gaza.
Israeli Army / AFP
Os dois lados em guerra continuaram a culpar um ao outro pelo fracasso dos mediadores – incluindo o Catar, o Egito e os Estados Unidos – em intermediar um cessar-fogo. Os EUA estão se preparando para apresentar uma nova proposta, mas as perspectivas de um avanço não são promissoras, considerando o desacordo persistente entre as partes envolvidas no conflito.
O diretor da CIA, William Burns, o principal negociador dos EUA, disse em um evento em Londres que uma proposta mais detalhada seria feita nos próximos dias.
Pausa no conflito para vacinação
Na quinta-feira (29), o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que era responsabilidade tanto de Israel quanto do grupo islâmico palestino Hamas de fazer concessões para chegar a um acordo.
Biden diz que Netanyahu não está fazendo o suficiente para garantir acordo entre Israel e Hamas para a libertação de reféns
Neste sábado (31), o alto funcionário do Hamas, Hossam Badran, disse que o grupo não fez novas exigências e permaneceu comprometido com uma proposta de 2 de julho apresentada pelos Estados Unidos, acusando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de impor novas condições que não acabariam com a guerra.
Netanyahu diz que foi o Hamas que introduziu condições inaceitáveis.
Apesar do impasse, a Organização das Nações Unidas (ONU), em colaboração com autoridades de saúde locais, realizou uma campanha para vacinar 640.000 crianças em Gaza após seu primeiro caso de poliomielite em cerca de 25 anos. Pausas limitadas nos combates permitiram que a campanha prosseguisse.
Autoridades da ONU disseram que estavam progredindo, tendo alcançado mais da metade das crianças que precisavam das gotas nas duas primeiras etapas no sul e centro da Faixa de Gaza.
A campanha se moverá para o norte da Faixa de Gaza. Uma segunda rodada de vacinação será necessária quatro semanas após a primeira.
O mais recente derramamento de sangue no conflito israelense-palestino de décadas foi desencadeado em 7 de outubro, quando o grupo Hamas atacou Israel, matando 1.200 e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.
O ataque subsequente de Israel ao enclave matou mais de 40.900 palestinos, de acordo com o ministério da saúde local, ao mesmo tempo em que deslocou quase toda a população de 2,3 milhões, causando uma crise de fome e levando a alegações de genocídio no Tribunal Mundial, o que Israel nega.

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