Dos 25 vereadores que a Câmara de Cuiabá possui e que vão à reeleição, 18 deles ficaram mais ricos nos últimos 4 anos, se comparado ao patrimônio que foi declarado à Justiça Eleitoral em 2020 e 2024. Outros 5 candidatos acabaram vendo parte do patrimônio derreter e outros 2 declararam estar zerados, sem qualquer tipo de bem ou saldo em conta bancária. As informações estão disponíveis no DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Vereadores que aumentaram o patrimônio
Mario Nadaf (PV), no terceiro 3º mandato, declarou R$ 2 milhões de patrimônio, sendo R$ 600 mil de 2 apartamentos, R$ 550 mil em terrenos, R$ 500 mil de um estacionamento, dois carros e R$ 100 mil de título de capitalização. No ano de 2020, eram R$ 931 mil de patrimônio, o que representa aumento de 114%.
Renivaldo Nascimento (PSDB), também no 3º mandato, declarou R$ 1,6 milhão, sendo R$ 930 mil em carros de luxo, R$ 430 mil de 50% de um apartamento, R$ 45 mil em dinheiro vivo, uma lancha de pequeno porte e R$ 40 mil em cavalos. No ano de 2020, o vereador declarou R$ 1 milhão, ou seja, aumento de 60%.
Cezinha Nascimento (União Brasil), que está no 1º mandato, e busca a reeleição, declarou R$ 454 mil, correspondentes à uma casa de R$ 300 mil, R$ 79 mil em saldo bancário e dois carros. Em 2020, ele possuía apenas R$ 190 mil, o foi de crescimento de 138%.
O atual presidente da Câmara no biênio 2023/2024, Chico 2000 (PL), que está no 5º mandato, possui R$ 429 mil em patrimônio, sendo R$ 100 mil em dinheiro físico, R$ 14 mil em saldo bancário, dois carros, uma casa e 164 hectares de uma propriedade rural. No ano de 2020, declarou R$ 190 mil de patrimônio. Neste caso, o aumento foi de 125%.
O vereador Demilson Nogueira (PP), de 1º mandato e que almeja continuar na Câmara de Cuiabá, declarou apenas R$ 93 mil em dinheiro vivo. Em 2020, possuía apenas R$ 10,3 mil, também em espécie. O aumento chegou a 830%.
Arte: Rodinei Crescêncio
Dídimo Vovô (PSB), que está no 1º mandato e em busca da reeleição, declarou R$ 621 mil de patrimônio, sendo R$ 250 mil de uma chácara, uma casa R$ 115 mil, R$ 120 mil em terrenos e um carro. Em 2020, o patrimônio era de R$ 294 mil, um aumento de 111%.
Fellipe Corrêa (PL), que era suplente e foi efetivado no mandato, declarou R$ 608 mil, correspondente à uma casa de R$ 400 mil em um condomínio fechado, participações empresariais, aplicações, terreno, carro, e saldo em conta bancária. Em 2020, ele não declarou não possuir bens. Ele assumiu em janeiro de 2023, quando o titular da cadeira, Diego Guimarães (Republicanos), se tornou deputado estadual.
Lilo Pinheiro (PP), cumprindo o 3º mandato, declarou R$ 735 mil em bens, sendo uma casa de R$ 400 mil, uma apartamento de R$ 225 mil e um carro de R$ 110 mil. Em 2020, era R$ 305 mil de patrimônio, um aumento de 140%.
Maysa Leão (Republicanos), também efetivada vereadora no decorrer da legislatura, declarou uma casa avaliada em R$ 510 mil. No ano de 2020, declarou possuir apenas R$ 10 mil em dinheiro vivo. O aumento foi de 5000%. A republicana assumiu em outubro de 2022, após o titular, Tenente Paccola ser cassado por matar um agente do sistema socioeducativo.
Michelly Alencar (União Brasil), de 1º mandato, declarou R$ 263 mil, distribuído em participações em apartamentos, saldo em conta bancária e R$ 25 mil em dinheiro vivo. Em 2020, ela declarou não possuir bens.
Robinson Cireia (PT), que assumiu no final da legistura, declarou R$ 158 mil, sendo R$ 145 mil de uma casa e R$ 13 de uma motocicleta. Em 2020, declarou uma moto avaliada em R$ 9,5 mil, que é um aumento de 1.655%. O petista era suplente da vereadora Edna Sampaio (PT), cassada duas vezes. Ele assumiu em junho deste ano.
Sargento Joelson (PSB), que está no terceiro 3º mandato, declarou ter R$ 788 mil de patrimônio, sendo uma casa de R$ 400 mil, um terreno avaliado em R$ 110 mil, R$ 75 mil em saldo bancário, R$ 20 mil em dinheiro vivo e dois carros. No ano de 2020, o patrimônio era de R$ 541 mil. O aumento foi de 45%.
Sargento Vidal (MDB), de 1º mandato, declarou R$ 729 mil de patrimônio, sendo R$ 500 mil referente à casa em condomínio fechado e mais três carros. Em 2020, o patrimônio era de R$ 376 mil, com aumento de 94%.
Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), de 1º mandato, declarou apenas um carro de luxo, de R$ 200 mil. Em 2020, declarou não possuir bens.
Kássio Coelho (Podemos), de 1º mandato, declarou R$ 604 mil, sendo R$ 400 mil de uma casa, R$ 180 mil de dois carros e R$ 20 mil em saldo bancário. No ano de 2020, o vereador tinha apenas R$ 40 mil de patrimônio, representando aumento de 1.410%.
Wilson Kero Kero (PMB), outro de 3º mandato, declarou R$ 996 mil de patrimônio, sendo 2 apartamentos, que se somados, chegam a R$ 400 mil, um terreno de R$ 305 mil, R$ 135 mil em saldo bancário, mais um consórcio de R$ 80 mil e um carro. Em 2020, os bens estavam estimados em R$ 439 mil. Assim, o aumento foi de 126%.
Jeferson Siqueira (PSD), exercendo o 1º mandato, declarou R$ 860 mil em bens, sendo R$ 480 mil de uma casa e R$ 380 mil de uma caminhonete. No ano de 2020, havia declarado R$ 490 mil, aumentando 75%.
Eduardo Magalhães (Republicanos), de 1º mandato, declarou apenas R$ 11 mil em saldo bancário. No ano de 2020, declarou que não possuía bens.
Secom
O atual presidente da Câmara no biênio 2023/2024, Chico 2000 (PL), que está no 5º mandato, possui R$ 429 mil em patrimônio declarado à Justiça Eleitoral
Vereadores que empobreceram
Rogério Varanda (MDB), declarou R$ 2 milhões de patrimônio, sendo duas casas avaliadas em R$ 1,4 milhão, um terreno de R$ 200 mil, um estacionamento avaliado em R$ 150 mil, duas caminhonetes e saldo em conta bancária. Em 2020, ele havia declarado R$ 3,3 milhões, uma queda de 39% do patrimônio. O emedebista assumiu em janeiro de 2023, na vaga de Juca do Guaraná, eleito deputado estadual.
Adevair Cabral (Solidariedade), que está no 4º mandato e busca a reeleição, possui R$ 406 mil em bens, sendo dois carros em uma casa, de R$ 250 mil. Em 2020, o patrimônio era de R$ 809 mil, representando uma perda de 38%.
Dilemário Alencar (União Brasil), está no 3º mandato e em busca da reeleição, declarou R$ 346 mil de patrimônio, sendo um apartamento de R$ 200 mil e R$ 146 mil em ações, título de capitalização e saldo em conta bancária. No ano de 2020, o patrimônio era de R$ 468 mil, diminuindo em 26%.
Dr. Luiz Fernando (União Brasil), que está no 1º mandato, apresentou R$ 1,5 milhão de patrimônio, sendo R$ 800 mil de um imóvel em condomínio fechado, um carro avaliado em quase R$ 400 mil e demais recursos divididos entre valor em espécie, saldo em conta bancária, participações empresáriais e fundo de investimentos. No ano de 2020, o patrimônio era de R$ 3,2 milhões. A queda foi de 53%.
Macrean Santo (MDB), também no 3º mandato, declarou R$ 551 mil de patrimônio, sendo R$ 246 mil de um apartamento, R$ 275 mil em terrenos e um carro. No ano de 2020, ela possuía R$ 731 mil de patrimônio, caindo 24%.
Vereadores que não possuem bens
Paulo Henrique (MDB), de 1º mandato, declarou não possuir bens. No ano de 2020, declarou que possuía R$ 23 mil, diminuindo em 100%.
Marcus Brito (PV), de 1º mandato, declarou à Justiça Eleitoral que não possui bens, assim como em 2020.