O vereador por Cuiabá e vice-líder do prefeito na Câmara, Renivaldo Nascimento (PSDB), ironizou a fé do pastor e vereador, Eduardo Magalhães (Republicanos), durante uma discussão sobre a proposta de autorizar o Executivo a realocar de R$ 6 milhões na pasta da Saúde. O tucano alfinetou o colega, dizendo que o Parlamento precisa de ordem e respeito e não poderia ser um local de gritaria como na igreja evangélica.
Ednei Rosa
“Não sei se na Igreja Universal grita, lá é uma gritaria danada, aqui tem que ter respeito. Aqui é o Parlamento, pastor. Eu quero respeito, não aceito mais desrespeito, estou usando a fala, não interferi na fala de ninguém”, disparou Renivaldo, na última terça-feira (20), ao ser interrompido pelo pastor.
Anteriormente, Eduardo Magalhães estava parabenizando o presidente da sessão, vereador Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), por voltar atrás e anular, pela segunda vez, a votação sobre a realocação de recursos. Já Renivaldo, afirmou que os colegas estavam transformando a Câmara em um circo por um simples requerimento de urgência para que a proposta seja votada em plenário no dia que é apresentada.
“Alguns falando de vergonha da Casa. Esse circo que não para de existir, deve renovar em janeiro. Vamos ver se diminui ao menos um pouquinho essas palhaçadas”, completou.
Assessoria
Em rápida resposta, Eduardo Magalhães tratou de cobrar respeito, afirmando que Renivaldo não têm argumentos para debater e defender o prefeito, e que por isso, ao ficar encurralado, passa a atacar a fé das pessoas. Também classificou a fala do parlamentar como crime religioso, ao escarnecer alguém publicamente, por sua crença.
”Já falei, 2ª ou 3ª vez, o Renivaldo na hora do debate, não tem argumentação ou sustentação para o seu debate e apela citando a minha fé a minha religião. Por lei, é crime o que ele está fazendo e ele sabe disso. Não cito religião de ninguém e respeito a todos”, enquadrou.
Na mesma sessão, Renivaldo também foi acusado de ter ameaçado o vereador Robinson Cireia (PT). O petista também se mostrou contrário a realocação dos recursos.