IA terá impacto moderado ou alto em até 91% dos empregos de TIC, diz estudo

Os avanços da inteligência artificial (IA) vão provocar “transformação moderada ou alta” em 91,5% das atividades do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Esse é um dos resultados de um relatório produzido por um consórcio de empresas liderado pela Cisco.

Desta porcentagem, 34% concentram os efeitos mais significativos. De acordo com o estudo, só 8,5% dos empregos na área passará por mudanças consideradas leves. Os efeitos não são descritos pelo relatório, mas possivelmente envolvem cortes de cargos, substituição por sistemas de IA ou maior exigência na qualificação para trabalho.

O grupo acredita que trabalhadores em começo de carreira ou em cargos considerados médios serão os mais afetados. Nos trabalhadores sênior, os efeitos são considerados moderados, mas atingirão 100% da categoria.

As áreas mais afetadas pela IA

A análise envolveu as seguintes áreas: negócios e gestão; cibersegurança; ciência de dados; design e experiência do usuário; infraestrutura e operações; desenvolvimento de software; e controle de qualidade.

Os trabalhos envolvendo testes e garantia de qualidade serão os mais atingidos pela chamada alta transformação da IA, junto com design e experiência do cliente e negócios e gestão.

Setores de revisão e controle de qualidade serão especialmente transformados. (Imagem: Getty Images)Setores de revisão e controle de qualidade serão especialmente transformados. (Imagem: Getty Images)Fonte:  GettyImages 

Segundo o relatório, os números indicam a importância de requalificação e aprimoramento de funcionários ainda em fases iniciais da carreira. Isso pode ser feito com base em uma maior oferta de treinamentos em empresas ou cursos no setor para estudantes e candidatos às vagas, por exemplo.

Além disso, algumas habilidades devem crescer em relevância nessa “era da IA”. Elas incluem principalmente ética e uso responsável da tecnologia, alfabetização em IA, engenharia de prompt e, em menor escala, engenharia para desenvolvimento de grandes modelos de linguagem (LLMs).

A pesquisa foi feita com nove companhias que integram o consórcio, incluindo empresa de Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Espanha e Países Baixos. O relatório completo (em inglês) pode ser lido por este link.

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