O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou que sempre desconfiou de que o ex-genro, Romero Xavier, estava envolvido no homicídio de sua filha, Raquel Cattani, de 26 anos. A vítima foi encontrada morta a facadas, na última sexta-feira (19), na casa onde morava, na zona rural de Nova Mutum (a 264 km de Cuiabá). Romero e o irmão dele, Rodrigo Xavier, foram presos na noite dessa quarta-feira (24) por suposto envolvimento no crime.
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Romero chegou a ser detido ainda na sexta-feira e encaminhado para a delegacia. No entanto, ele foi liberado em seguida, após a polícia descartar preliminarmente o envolvimento dele no homicídio.
No domingo (21), Cattani chegou a fazer uma publicação nas redes sociais afirmando que o ex-genro não havia sido preso e nem confessado o crime. Ele ainda pediu respeito pelo momento que a família passava.
Já em entrevista ao Jornal da Cultura, na manhã desta quinta-feira (25), o deputado salientou que sempre teve um pé atrás com o ex-genro. “A única coisa que a gente fez, era o que precisava ser feito para chegar no resultado que chegou. A gente tinha que deixar as investigações correrem da maneira como correram para ter êxito”, explica.
“O álibi que ele tinha era um álibi muito forte. Tanto que ele não estava aqui, não teve a capacidade de fazer ele mesmo, de tão covarde que foi. Ele não estaria em dois lugares ao mesmo tempo, por isso a polícia o liberou preliminarmente. Mas nós tínhamos que manter ele por perto”, completou Gilberto Cattani.
O deputado ainda disse que a família recebeu as prisões como uma resposta justa. No entanto, ressalta que nada vai mudar o que foi feito.
“Recebemos como uma resposta justa, pegando esses monstros e colocando atrás das grades. Não vou dizer que conforta, porque nada pode confortar a gente nesse momento, mas ajuda a gente a ter um pouco mais de esperança nas nossas forças de segurança que são excepcionais, que agiram de uma forma magnifica. A gente tem a resposta de quem fez, mas não vai mudar o que foi feito”.
Suspeito participou do velório
Romero foi ao velório da vítima, que aconteceu no último sábado, em Lucas do Rio Verde (a 354 km de Cuiabá). Veja vídeo da jornalista Luísa Câmara, do Primeira Página
Durante a cerimônia, Romero se sentou ao lado do caixão e parecia bastante emocionado com a morte da ex-esposa. Segundo a Polícia Civil, toda a comoção não passava de uma farsa, já que ele é apontado como o mandante do homicídio.
Segundo investigação da Polícia Civil, Romero planejou o crime e o irmão, Roberto Xavier, executou. Os dois teriam montado uma cena na residência para que fizesse parecer que seria um crime patrimonial.
“Desde o trágico crime, as equipes das delegacias do município não mediram esforços até esclarecer o crime e prender os responsáveis”, salientou o delegado regional, João Romano.