Emanuel celebra anulação de vídeo do paletó: “O tempo é o senhor da razão” | …

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) comentou a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF1) que anulou como prova o vídeo   em que  aparece colocando maços de dinheiro no bolso do paletó. As imagens foram captadas em 2013, pelo delator Silvio Corrêa, ex-chefe de gabinete na Gestão Silval.

Emanuel afirma que foi vítima de uma campanha difamatória que tinha como objetivo o afastar do poder para que terceiros pudessem assumir a Prefeitura no lugar dele e se utilizar disso para interesses próprios. O vídeo veio à tona no início do primeiro mandato, mas mesmo assim, o prefeito se reelegeu em 2020.

Rodinei Crescêncio

Prefeito Emanuel Pinheiro RDTV

“Eu fui para o veredito popular e a população cuiabana foi a primeira a me dar o voto de confiança. Eu nunca vi um político que foi tão massacrado e tão perseguido por uma causa ainda não esclarecida, que era até aquele momento, do que o Emanuel Pinheiro. Eu sempre disse que o tempo é o senhor da razão. É no processo que a verdade vai aparecer”, disse o prefeito na manhã desta segunda-feira (8) em visita ao Grupo e entrevista ao Rdtv News.  

No último dia 02 de julho, os desembargadores César Jathay, Bruno Acioli, Marcio Augusto de Souza e Marcelo Elias Vieira, da 4ª TRF1,  anularam como prova o vídeo do delator Sílvio Corrêa. A defesa do prefeito afirma que o vídeo se trata de uma gravação ambiental clandestina, usada pela acusação, feita sem qualquer autorização judicial e sem o prévio conhecimento das autoridades e que a gravação ambiental desrespeita os direitos fundamentais de Emanuel.

Essa é a primeira decisão no Brasil que declara nulidade de uma gravação ambiental clandestina com base na lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime). Cabe ao Ministério Público Federal (MPF) recorrer da decisão, mas caso isso não ocorra, o inquérito poderá ser arquivado.

Emanuel afirma que o vídeo foi tirado de contexto e que já esclareceu toda a verdade à Justiça. Segundo o gestor, os valores recebidos eram destinados ao pagamento de pesquisa eleitoral (Instituto Mark de Pesquisa Eleitoral) em contrato então assinado por seu irmão, Marco Polo Pinheiro, o Popó.

“O contexto daquelas imagens não é verdadeiro. É o contexto de dois delatores que, para se livrar da prisão e de condenações terríveis, ‘pisavam até no pescoço da mãe’ para fazer o que fizeram. Ou seja, fizeram uma delação seletiva, para poder se livrar da prisão. Foram eles mesmos que falaram que corromperam a gestão”, argumentou.



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