A primeira semana de julho trouxe movimentações no mercado brasileiro de milho, conforme análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema). Os preços médios no Rio Grande do Sul fecharam em R$ 57,50 por saco, enquanto nas principais praças locais se mantiveram em torno de R$ 55,00. Em diferentes regiões do país, os valores oscilaram entre R$ 37,00 e R$ 59,00 por saco. Na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, os contratos mais próximos registraram fechamento entre R$ 56,64 (para julho) e R$ 66,15 (para janeiro de 2025) por saco no dia 03/07.
De acordo com dados da AgRural, até 27/06, a colheita da safra safrinha de milho atingiu 49% da área total plantada no Centro-Sul brasileiro. A previsão é que essa segunda safra nacional alcance 92,9 milhões de toneladas, contribuindo para uma produção total de milho no Brasil em 2023/24 estimada em 121,2 milhões de toneladas, conforme a StoneX. Em contrapartida, a Conab projeta números ligeiramente inferiores, com a safra safrinha atingindo 88,1 milhões de toneladas e a produção total em 114,1 milhões de toneladas, representando uma queda de 13,5% em relação ao ano anterior.
Quanto às exportações, a StoneX prevê que o Brasil exporte aproximadamente 40 milhões de toneladas de milho no atual ano comercial, uma redução em relação aos 54,6 milhões de toneladas exportadas no ano anterior.
No Mato Grosso, maior produtor nacional, a safra final de milho está estimada em 47,3 milhões de toneladas para este ano, uma diminuição de 9,9% em comparação ao ano anterior. Até o início de julho, a colheita da safrinha alcançou 62,4% da área, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No Paraná, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), a colheita da safrinha atingiu 53% da área até o início de julho, com uma produção esperada de 12,9 milhões de toneladas, 9% menor que a do ano anterior.
Em relação ao Mato Grosso do Sul, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul) reportou que a colheita da segunda safra alcançou 15,3% da área até o final de junho, projetando uma produção final de 11,4 milhões de toneladas, uma redução de 19,2% em comparação ao ano anterior.
O cenário atual reflete as dinâmicas regionais e as projeções para a safra de milho no Brasil, influenciadas por diversos fatores climáticos e econômicos que continuam a moldar o mercado agrícola nacional.