Em meio a um cenário econômico global desafiador, o Brasil, um dos líderes mundiais no agronegócio, enfrenta um panorama de altos e baixos nas suas exportações e importações, segundo Claudio Brisolara, Technical and Economic Manager do Sistema FAESP/SENAR-SP. Em maio de 2024, o país registrou exportações totais de US$ 30,3 bilhões e importações de US$ 21,8 bilhões, resultando em um superávit de US$ 8,5 bilhões. Apesar de representar uma queda de 22,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, o agronegócio mantém sua posição crucial na economia nacional.
As exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 14,8 bilhões, marcando uma redução de 10,3% em relação ao ano anterior. A queda foi influenciada principalmente pela diminuição no valor das exportações de soja, que enfrentou baixos preços internacionais e registrou uma redução de 23,9%. No entanto, outros produtos apresentaram crescimentos significativos: o açúcar de cana bruto subiu 10,9%, a carne bovina in natura cresceu 11,3%, o café verde aumentou impressionantes 73% e a celulose teve um crescimento de 46,7%.
As importações de produtos do agronegócio brasileiro em maio de 2024 alcançaram US$ 1,5 bilhão, representando um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os produtos importados destacam-se trigo, papel, salmão, arroz e soja em grãos.
No acumulado do ano até maio de 2024, o Brasil acumulou exportações no valor de US$ 138,8 bilhões e importações de US$ 102,9 bilhões, resultando em um saldo positivo de US$ 35,9 bilhões. Este resultado é 3,9% superior ao mesmo período de 2023, demonstrando a resiliência do setor frente aos desafios globais.
O estado de São Paulo, apesar de registrar um saldo deficitário de US$ 366,2 milhões em maio de 2024, continua sendo um importante player no agronegócio brasileiro. As exportações paulistas totalizaram US$ 2,3 bilhões no período, destacando-se o suco de laranja com um aumento de 24,9% e a celulose com crescimento de 21,3%.