Para Pequim, os EUA ainda não apresentaram evidências de que o aplicativo possa ser uma ameaça à segurança nacional. Sede da TikTok nos Estados Unidos
Mike Blake/REUTERS
A China acusou os Estados Unidos nesta quinta-feira (16) de espalhar desinformação e suprimir o TikTok após relatos de que o governo Biden estava pedindo que seus proprietários chineses vendessem suas participações no popular aplicativo de compartilhamento de vídeos.
“Os EUA ainda não apresentaram evidências de que o TikTok ameaça sua segurança nacional e estava usando a desculpa da segurança de dados para abusar de seu poder de reprimir empresas estrangeiras”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.
O aplicativo foi banido dos celulares corporativos do país inteiro no final de fevereiro.
Logo do aplicativo Tiktok aparece sobre tela de um celular
Kiichiro Sato/AP
“Se proteger a segurança nacional é o objetivo, o desinvestimento não resolve o problema: uma mudança de propriedade não imporia novas restrições aos fluxos de dados ou acesso”, disse Maureen Shanahan, porta-voz do TikTok.
Shanahan disse que o TikTok já estava respondendo às preocupações por meio de “proteção transparente baseada nos EUA de dados e sistemas de usuários dos EUA, com monitoramento e verificação robusta de terceiros”.
O Congresso aprovou a “No TikTok on Government Devices Act” em dezembro como parte de um amplo pacote de financiamento do governo. A legislação permite o uso do TikTok em certos casos, inclusive para fins de segurança nacional, aplicação da lei e pesquisa.
Celular sobre teclado de notebook com a logo do aplicativo TikTok
Dado Ruvic/Illustration/REUTERS
Enquanto isso, os legisladores da Câmara e do Senado estão avançando com uma legislação que daria ao governo Biden mais poder para reprimir o TikTok.
O TikTok continua extremamente popular e é usado por dois terços dos adolescentes nos EUA. Mas há uma preocupação crescente de que Pequim possa obter o controle dos dados de usuários americanos que o aplicativo obteve e enviar narrativas e propaganda pró-Pequim no aplicativo.
A China, há muito anos, já se preocupa com a influência de mídias sociais e aplicativos de comunicação no exterior e proíbe a maioria dos mais famosos como o Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.
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