O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) pede a cassação do mandato do vereador Marcrean Santos (MDB) por invadir Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do antigo Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, alegando que o parlamentar colocou a vida de pacientes em risco.
Por meio de nota de repudio emitida nesta terça-feira (18), o CRM alegou que a conduta de Marcrean é inamissível, principalmente, por interferir na prática médica.
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“Tal ato constitui um grave caso de improbidade administrativa e uma clara violação da Lei de Abuso de Autoridade. A atitude do vereador, ao desrespeitar o ambiente hospitalar e a autonomia dos profissionais de saúde, não apenas compromete a integridade e segurança dos pacientes, mas também demonstra um flagrante abuso de poder e ausência de decoro”, diz trecho da nota.
Diante disso, o CRM exige a imediata apuração dos fatos e a cassação do vereador, pontuando que a invasão na UTI e sua interferência direta na conduta médica representam um risco sério e real à vida dos pacientes, que necessitam de um ambiente de tratamento seguro e protegido. “O CRM-MT enfatiza que ações como essa comprometem gravemente a qualidade do atendimento médico e a confiança da população nos serviços de saúde pública”.
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Ainda nessa terça-feira (18), os vereadores Rogério Varanda (PSDB) e Dr. Luiz Fernando (União Brasil) anunciaram que irão pedir a cassação do mandato de Marcrean, após o médico Marcus Vinicius Ramos de Oliveira protocolar, na última quinta-feira (13), uma denúncia alegando que o parlamentar teria cometido abuso de autoridade, como por exemplo, usar do cargo de vereador para tentar entrar na UTI fora do horário permitido.
Dr. Luiz Fernando, que é o único médico com mandato no Legislativo municipal, classificou como grave a “invasão” de Marcrean na UTI, principalmente pelo risco de contaminação aos outros pacientes.