Ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS não é obrigado a comparecer, mas aliados afirmam que Pimenta participará de audiência na comissão no dia 12 de junho. Ministro Paulo Pimenta
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta terça-feira (28) um convite para que o ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, preste esclarecimentos sobre investigações contra conteúdos falsos a respeito da tragédia climática no estado.
O requerimento foi apresentado e apoiado por membros da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acusam, sem apresentar provas, a gestão Lula de “perseguir opositores”.
Inicialmente, o pedido previa a convocação de Pimenta — isto é, ele seria obrigado a comparecer à audiência. A base do governo articulou a mudança do requerimento para um convite, mas se comprometeu com a ida do ministro ao colegiado em 12 de junho.
O convite faz referência a uma investigação, aberta pela Polícia Federal, para investigar a disseminação de informações falsas a respeito da atuação do governo federal na mitigação dos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.
A onda de fake news na tragédia do RS
O inquérito foi aberto a pedido do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a partir de dados encaminhados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, então chefiada por Paulo Pimenta.
Na ocasião, o Ministério da Justiça informou que a apuração vai “buscar narrativas desinformativas e criminosas vinculadas às enchentes e desastres ambientais ocorridos no Rio Grande do Sul, destacando-se sua relevância e impacto no aprofundamento da crise social vivida pela população”.
Ao pedir a abertura da investigação, em ofício encaminhado em 7 de maio, Pimenta menciona, por exemplo, publicações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e do influenciador Pablo Marçal.
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