O vereador por Cuiabá, Kássio Coelho (Podemos), que foi “expulso” do PRD, alfinetou o suplente de senador Mauro Carvalho – atual presidente estadual do partido – e projetou que, sob a sua tutela, a sigla terá um futuro desastroso na Capital, não elegendo sequer um vereador nas eleições deste ano por falta de capacidade de articulação. A fala foi realizada nesta segunda-feira (22).
Carvalho participou de uma “virada de mesa”, tomando o PRD das mãos do grupo de Kássio que, há meses, atuava como articulador da nova legenda, fruto da fusão de PTB e Patriota. Neste cenário, o vereador ficou sem espaço e teve que migrar de sigla. Em conversa com a imprensa, Kássio salientou que o PRD perdeu suas duas cadeiras na Câmara de Cuiabá com a saída dele e do vereador Adevair Cabral, que foi para o Solidariedade, e dificilmente conseguirá espaço no novo pleito
“Eu estou tranquilo. Estou com uma chapa e vamos eleger dois vereadores, ficou competitiva. Hoje o PRD não tem ninguém lá, não tem nenhum vereador e não vai eleger vereador também. Então, ficou ruim. Acredito que saí bem nessa daí”, disparou, com um sorriso de canto de boca.
Thaís Fávaro
O vereador foi questionado se houve falta de humildade por parte do novo mandatário da legenda e frisou: “Não é que não teve [humildade]. Ele tem que saber conhecer Cuiabá, conhecer os candidatos, conhecer as pessoas. Quando você conhece, você cria um laço de amizade e não coloca critério que não possa ser cumprido”.
Kássio ainda salientou que saiu com seu grupo do PRD diante do desprestígio e ressaltou seu poder de articulação junto às bases comunitárias e influência partidária para formação de chapa proporcional – cuja meta é eleger duas cadeiras. Vale ressaltar que durante a queda de braço, Carvalho minimizou a saída de Kássio, alegando que os novos filiados seriam mais competentes.
“Não é verdade, [não demos bolo em ninguém], é que para construir chapa tem que ter credibilidade, tem que ter bastante conjuntura, tem que ser bastante humilde e conhecer Cuiabá, conhecer os candidatos e conhecer os partidos”, pontuou.