O senador Wellington Fagundes minimizou eventual racha no PL em Sinop, causado pela filiação atual prefeito, Roberto Dorner, que deixou o Republicanos, provocando um cenário de implosão na direita. A filiação foi feita pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, sob o argumento de que Dorner teria aval do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, principal cabo eleitoral do partido. No entanto, a versão foi desmentida.
Thaís Fávaro/Rdnews
Inicialmente, o pL já contava com a pré-candidatura da ex-prefieto Rosana Martinelli, que recou e apresentou o nome de Mirtes Grotta como nome para disputar a Prefeitura de Sinop. Além disso, o vice-prefeito Dalton Martini também ingressou no PL com a intenção de ser pré-candidato a prefeito.
De acordo com Wellington, a decisão final será da cúpula nacional do PL. Segundo ele, o caminho será a conciliação.
“Sinop é uma cidade-polo, extremamente importante para Mato Grosso e para o Brasil. Então, a decisão do PL em Sinop é de decisão do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, junto com Bolsonaro. O que eles definirem, nós vamos estar buscando fazer a conciliação. Acho que é importante dialogar e ganhar a eleição”, declarou.
Já o deputado federal Abilio Brunini, conhecido por não ter papas na língua, alegou que a filiação de Dorner é completamente equivocada, já que o atual gestor não possui o selo de aprovação de Bolsonaro, que tende a apoiar outro projeto na cidade.
“O Dorner não tem apoio do Bolsonaro, ele sequer conhece o Dorner. Acho que houve uma informação equivocada que foi levada ao Valdemar, e sem poder confirmar se era verdadeiro o apoio, o Valdemar filiou o Dorner, de modo totalmente equivocado. Fiquei sabendo que o Bolsonaro ligou para a Mirtes e falou: Mirtes, fica no partido, vai ter convenção. Ele gostou muito dela”, pontuou.
Abilio avaliou que internamente o assunto não é tratado como um “racha”, mas sim, a entrada de um “corpo estranho” sem qualquer convite da legenda no estado. Situação, que segundo o parlamentar, pode render prejuízos ao prefeito, com grandes chances de ser reprovado nas convenções.
“Não é um racha, é um corpo estranho que entrou no partido. Não é um racha […] Não foi o Bolsonaro que pediu para o Dorner entrar, não foi ninguém do partido que pediu. Foi ele que deu um jeitinho para entrar […] Acho que o Dorner corre um grande risco de não passar na convenção, se ele quiser ficar no PL, boa sorte”, emendou.
A filiação de Dorner ao PL foi articulada pelo deputado federal José Medeiros, mas tem a reprovação de Abilio, das deputadas federais Amália Barros e Coronel Fernanda e do deputado estadual Gilberto Cattani. Por isso, pode refletir inclusive nas eleições de 2026.