Defesa: Zambelli ‘teria recebido’ documento fake, mas não repassou

Polícia Federal indiciou deputada por invasão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), levando à publicação de mandados de prisão e de soltura falsos. Carla Zambelli teria recebido documentos, mas não repassado, diz advogado
A defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) admite que ela “teria recebido” um arquivo fake (falso) postado ilegalmente no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas que ela não o “repassou a ninguém”.
A declaração, dada ao blog, sucede o indiciamento da parlamentar e do hacker Walter Delgatti Netto, caso revelado pelos jornalistas Andreia Sadi e Reynaldo Turollo Jr.
Delgatti diz ter sido contratado por Zambelli para invadir o sistema do CNJ. Ainda segundo relatou a autoridades, a deputada pediu que ele obtivesse ilegalmente dados privados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e que o levou a uma reunião em que se debateu uma forma de forjar uma fraude às urnas. A defesa da deputada nega todas as imputações.
De todos os serviços, o que foi levado a cabo com mais eficiência foi a invasão do CNJ. Delgatti, que diz ter agido a mando de Zambelli, chegou a publicar um mandado de prisão falso de Moraes.
Como mostrou o blog da Sadi, a Polícia Federal (PF) encontrou documentos falsos usados pelo hacker no celular de Zambelli.
Sobre isso, o advogado Daniel Bialski, que representa Zambelli, afirma que “ela teria recebido o arquivo, mas, eu, você e tantos outros recebemos arquivos… Isso não significa adesão ou participação [em ato ilegal]”.
Bialski afirma ainda que Zambelli “não mandou para ninguém [o documento fake]” e nem pediu nada, por escrito, ao hacker.

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