Tempestade de areia, vendaval e fuligem: brasileira registra nuvem de fumaça de incêndio florestal no Chile; VÍDEO


Andressa Vasconcelos está viajando com a família no Chile e estava em uma praia em Viña del Mar, um dos locais mais atingidos, quando filmou o dia virar noite por causa da fumaça dos incêndios. Brasileira registra nuvem de fumaça tomando conta de praia no Chile após incêndios
Os incêndios florestais que atingem o Chile e já são considerados o pior desastre natural do país desde 2010 e geraram imagens impressionantes. Uma brasileira que passeava com a família em Viña del Mar registrou uma nuvem de fumaça avermelhada cobrindo uma das praias da cidade (veja vídeo acima).
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Andressa Vasconcelos é capixaba, moradora de Vitória e estava na cidade com o marido e os três filhos justamente quando o incêndio começou e viu toda a transformação da paisagem na Playa Acapulco. Antes, eles começaram a notar que os reflexos das chamas estavam se aproximando da cidade.
“O incêndio começou na hora do almoço, e por volta desse horário a gente tava no Centro de Viña, passeando, e resolvemos parar para comer. Nisso que a gente parou, tava cheio de cinza, fuligem, e a gente perguntou para o garçom porque tava meio suja a mesa, e a gente perguntou o que era aquilo. Aí ele disse que era um incêndio que começou numa reserva florestal, mas ele falou que era longe dali”, disse Andressa.
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Quando Andressa e a família estavam na praia na sexta-feira (2), uma nuvem se aproximou e cobriu todo o local. A região onde eles estavam, está entre as áreas mais atingidas, além de Valparaíso.
“No final da tarde, a gente desceu para a praia e do nada veio uma nuvem muito esquisita, muito grande e pesada, preta com vermelho. Começou um vendaval, uma tempestade de areia, e a gente achou que era uma mudança climática. Do nada a nuvem entrou na frente do sol e o sol ficou vermelho e tudo ficou preto pra trás da cidade, em direção contrária a praia”, comentou a capixaba.
Nuvem de fumaça dos incêndios invadiu praia em Viña del Mar, no Chile, e mudou paisagem
Andressa Vasconcelos
No vídeo, é possível ver uma fumaça muito escura vindo atrás dos prédios e se aproximando do mar, até entrar na frente do sol. Várias pessoas estão na praia e começam a olhar para o céu.
” A gente olhava para um lado e tinha céu azul, do outro essa nuvem preta. A gente tava achando que era nuvem de chuva, achamos que vinha um temporal e voltamos logo para o apartamento. Nisso que a gente subiu para o apartamento, cai a luz e a gente ficou sem luz o resto da noite, a cidade inteira sem luz. Só voltou no final da noite”, explicou Andressa.
Até então, a família ainda não tinha dimensão do incêndio. De acordo com o governo chileno, os ventos fortes dificultaram o combate às chamas e pioraram a situação, fazendo com que o fogo se alastrasse e destruísse bairros inteiros.
Vídeo de drone mostra destruição causada pelo fogo no Chile
De acordo com o Ministério do Interior, cerca de 14 mil casas foram danificadas pelos incêndios somente nas áreas de Viña del Mar e Quilpué.
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Diante da situação de emergência, o governo resolveu implementar um toque de recolher a partir das 21h nas regiões mais atingidas. Além disso, militares foram convocados para ajudar os bombeiros no combate às chamas.
No sábado (3) quando a família acordou e ligou a televisão, entendeu que se tratava de uma das maiores tragédias que o Chile viveu nas última décadas, com mais de 122 mortos.
Família capixaba viu a fumaça dos incêndios no Chile se aproximando de praia
Andressa Vasconcelos
As autoridades garantiram que existem provas de que alguns dos focos foram acesos intencionalmente.
O próprio presidente, Gabriel Boric, pediu que sejam investigadas “todas as informações” sobre a origem dos incêndios.
Andressa e a família tiveram que esperar a situação melhora rum pouco para poderem sair de Viña del Mar para seguir para Santiago.
“A gente sabia que tava acontecendo um incêndio e tudo mais, mas a gente ficou meio sem saber. Só de manhã cedo que ligamos a televisão e vimos a notícia sobre o toque de recolher e que poderia se estender. A gente aguardou para poder ir embora, até a rota que levava para Santiago estar liberada”, disse a arquiteta.
Casas e vegetação destruídos após incêndios florestais no Chile, em fevereiro de 2024.
Satellite image ©2024 Maxar Technologies
Mesmo depois que conseguiram seguir para a capital Chilena, na estrada a família encontrou rastros de destruição causados pelo fogo.
“No dia anterior tinha vários focos de incêndio nessa rota. Quando a gente foi, depois que a ministra liberou o toque de recolher, a gente foi e encontrou a estrada com os focos apagados”, relatou Andressa.
Por causa do toque de recolher, a família não conseguiu visitar Valparaíso e teve que ficar no apartamento aguardando a liberação. A fumaça fez com que Andressa, que tem problemas respiratórios, ficasse em alerta.
“Tenho asma e rinite e tomei remédios por precaução quando estava em Viña, lá eu senti cheiro forte de queimado. Mas em Santiago não”, completou a arquiteta.
Fumaça de incêndio mudou paisagem de praia no Chile
Andressa Vasconcelos
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