Após desistência do Governo do Mato Grosso de participar do leilão público de concessão e de estadualizar o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o Consórcio Parques FIP em Infraestrutura (Parquetur) faturou a concessão e irá gerir a unidade de conservação pelos próximos 30 anos. A Parquetur administrará o setor turístico do parque. O valor do investimento previsto nos primeiros cinco anos é de R$ 18 milhões.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Parquetur venceu o certame com um lance de R$ 926 mil em concorrência realizada nesta sexta-feira (2), na Bolsa de Valores de São Paulo.
Cauê Diniz
Entre os investimentos previstos estão a implementação de sistemas de trilhas, reforma de edifícios existentes, implementação de transporte interno, entre outros. Além da aplicação de cerca de R$ 179 milhões em operação e gestão ao longo do contrato e outros benefícios, como mais de 900 empregos diretos e indiretos.
Para o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, a iniciativa é de extrema relevância para o ecoturismo local. “É com muita expectativa que, com essa concessão, a gente consiga ampliar os investimentos para tornar a visitação pública uma experiência muito mais satisfatória. O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães continuará público e a concessão vem para somar à gestão da unidade” concluiu.
Marcos Vergueiro
Em sua fala, o Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, valorizou as parcerias envolvidas no projeto. “É uma construção a várias mãos que exige muito trabalho técnico e análise. Isso valoriza o esforço do Governo Federal em implementar serviços e trazer novos resultados para as unidades de conservação”, completou.
O Parque Nacional foi qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) para fins da concessão, para prestação de serviços de apoio à visitação, em 2021. O projeto envolve estudos realizados em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ministério do Turismo (MTur) e a UNESCO.
Governo desistiu
Na última segunda-feira (29), o Governo de Mato Grosso anunciou que não iria mais participar do processo licitatório. Por meio de um comunicado, o Estado informou que tentou assumir o parque durante três anos, mas devido aos entraves, optou por não dar prosseguimento na disputa. A promessa era de aportar cerca de R$ 200 milhões em 4 anos.