Ações da Gol caem 33% após pedido de recuperação judicial

A Gol teve um tombo de 33,61% no pregão desta segunda-feira (29), em resposta aos desdobramentos do pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Os papéis encerraram o dia a R$ 3,93, ante R$ 6,65 na quarta-feira, véspera do anúncio.

 

Com isso, o valor de mercado da companhia aérea chegou a R$ 1,64 bilhão, segundo levantamento de Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria. O dado aproxima a Gol da CVC, que vale R$ 1,57 bilhão, e simboliza uma perda de mais de R$ 2 bilhões desde o começo do ano.

 

Para efeitos de comparação, a Gol chegou a valer R$ 15 bilhões antes de a pandemia abater o setor aéreo.

 

O derretimento da companhia aérea no pregão desta segunda segue a esteira da autorização de financiamento pelo Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York.

 

O empréstimo DIP (sigla para Debtor in Possession), modalidade específica para empresas em situação financeira difícil, será de US$ 950 milhões. As ações chegaram a ter as negociações interrompidas por 30 minutos após o anúncio.

 

Na sexta-feira, um dia depois que a notícia de recuperação judicial veio a público, o juiz da corte, Martin Glenn, já havia aceitado o pedido da empresa para seguir no processo de proteção contra falência nos EUA, o chamado “Chapter 11”.

 

Com isso, as partes -sejam pessoas físicas, sócios, corporações, estrangeiras ou nacionais- ficam proibidas de abrir ou dar continuidade a quaisquer ações judiciais ou administrativas contra os devedores, entre outros impedimentos.

 

O pregão da Gol desta segunda ainda ficou marcado pelo fato relevante divulgado pela manhã, no qual a companhia afirmou que encerrou o mês de dezembro com endividamento de R$ 20,17 bilhões e patrimônio líquido negativo em R$ 23,35 bilhões.

 



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