Com quase 2 milhões de civis deslocados, ataques têm grande risco para a população palestina. Israel afirma estar mais preciso nas ofensivas. Israel intensifica ataques em Gaza
Israel intensificou os bombardeios em Khan Younes, a maior cidade do sul de Gaza e nos seus arredores nesta terça-feira (5).
Sob pressão internacional para evitar mortes de civis, Israel afirma que está sendo mais preciso à medida que expande a sua ofensiva para a região sul, depois de agir no norte e pedir para que os moradores deixassem a região rumo ao sul.
Os bombardeamentos aéreos e os ataques por terra tiraram três quartos dos seus 2,3 milhões de habitantes das suas casas.
“O que está acontecendo aqui é inimaginável”, disse Hamza al-Bursh, que mora em Maan, um dos bairros da cidade de Khan Younis que Israel ordenou a saída imediata de civis. “Eles atacam indiscriminadamente”.
Moradores caminham sobre escombros na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, em 4 de dezembro de 2023
Hatem Ali/AP
Imagens de satélite tiradas neste domingo mostraram cerca de 150 tanques israelenses, veículos blindados e outros veículos de combate a menos de 6 km ao norte de Khan Younis.
Nos primeiros dias de guerra, Israel ordenou que os civis que viviam no norte fossem para as cidades do sul. Nesta semana, pediram para que deixassem partes da cidade de Khan Younis e fossem ainda mais para o sul, em Rafah, fronteira com o Egito.
Os palestinos dizem que, conforme Israel ataca, se sentem cada vez mais vulneráveis. Muitos não deixam suas casas com medo de nunca poder retornar.
Israel tem como objetivo desmantelar a extensa infraestrutura militar do Hamas e retirar o grupo do poder.
O conflito armado dentro do território palestino de Gaza começou no dia 7 de outubro após militantes armados do grupo terrorista Hamas invadirem Israel matando e sequestrando civis. Desde então, Israel coordenou ataques em massa para responder à agressão palestina e recuperar os civis feitos como reféns pelo Hamas.
Cerca de 16.925 pessoas morreram no conflito — 1.402 do lado israelense e 15.523 na Faixa de Gaza, segundo o governo do Hamas (os números não puderam ser verificados de forma independente).
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