Foguetório do CV foi estratégico e para demonstrar força, avalia deputado | …

O deputado federal e ex-comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Assis (UB), avaliou que o foguetório do Comando Vermelho (CV), em homenagem   Rudiney Rodrigues dos Santos, o Pinguim, morto após fuga do sistema prisional, foi estratégico, tendo como claro intuito demonstrar sua força em todo o estado de Mato Grosso.

Rodinei Crescêncio

Coronel Assis

Assis argumentou que além da força bélica e financeira, é possível notar a capacidade organizacional. Ele frisou que seria uma ingenuidade achar que o foguetório foi uma simples homenagem – a fala contradiz diretamente o atual comandante da PM, Alexandre Mendes, que não viu como uma afronta às Forças de Segurança.

“Acredito que o CV e outras organizações criminosas possuem não só um poderio bélico, não só o poderio financeiro, mas também, um poderio organizacional. É uma ingenuidade nós acharmos que isso não foi uma grande estratégia para marcar um posicionamento dentro de um estado com dimensões continentais como é Mato Grosso. Isso [ocorreu] em todo canto de Mato Grosso, para mostrar a sua capilaridade e capacidade de seus tentáculos “, avaliou o deputado.

O criminoso tinha papel importante até mesmo no “quartel general” da facção, localizado no Rio de Janeiro (RJ), quando veio para Mato Grosso com a missão de frear o avanço do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele morreu no Pronto-Socorro de Várzea Grande, após se ferir durante fuga da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá).

Assis reiterou que não há qualquer possibilidade de ter sido uma ação “natural”, mas sim, um ato planejado em todo estado. Diante deste cenário, a organização dá mais um sinal. O deputado salientou ainda que é possível ver a escalada dos criminosos com seus tentáculos em vários setores da sociedade.

“Nós repudiamos toda e qualquer forma deste tipo de situação por parte da organização criminosa. Nós sabemos que ela tenta se infiltrar nos mais variados ramos da sociedade brasileira, isso é fato. Sabemos que eles possuem um sistema de justiça próprio, sabemos que eles tem uma assistência jurídica muito forte e especializada, patrocinada pelo lucro dessas atividades, e nós não acreditamos que eles tiveram essa atitude de maneira ‘esporádica’. Isso foi planejado”, concluiu.

Juiz do CV

Pinguim, que era considerado o “conselheiro final” do grupo criminoso, morreu no Pronto Socorro Várzea Grande (PSVG). Ele estava preso na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis (a 216 km de Cuiabá), mas fugiu na sexta-feira (20).

Ele fraturou as costelas ao pular o muro da unidade. A princípio, o faccionado procurou atendimento em uma unidade de saúde ainda em Rondonópolis, mas fugiu do local. No PSVG, ele não resistiu e morreu.

Após a morte, os criminosos que pertencem ao grupo criminoso começaram a fazer diversas homenagens a Pinguim por meio das redes sociais.  

Além disso, os membros da facção realizaram foguetórios nos principais bairros de Cuiabá e Várzea Grande e nas grandes cidades do interior. Em um dos locais, moradores relataram que houve tiros.



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