Advogado suspeito de manter namorada em cárcere privado é solto em custódia | …

O advogado de 31 anos preso em flagrante suspeito de manter a namorada dele, de 45 anos em cárcere privado em um condomínio de luxo em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), foi solto pela Justiça após passar por audiência de custódia. Ele negou a acusação e disse que a namorada estava em “crise”. O advogado irá responder em liberdade, mas foi proibido de se aproximar da vítima até ela ser ouvida.

Na audiência, o advogado negou as acusações e afirmou que convive com a vítima há oito meses e que o relacionamento dos dois é “tranquilo e pacífico”. Ele negou que a mantinha em cárcere privado, afirmando que inclusive, na quinta-feira (05), os dois saíram de casa para jantar em um restaurante.

Reprodução

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Segundo o advogado, no momento da prisão ele e a namorada estavam na casa dela dormindo e acordaram com o ex-marido da vítima na porta e policiais dentro da casa. O suspeito afirma que a mulher estava em crise e que nesses momentos ela sai de si. Afirmou que ela não havia tomado nenhum remédio e que sofre de Transtorno Bipolar e Borderline.

“Não havendo fatos concretos que indiquem ser adequada e necessária a conversão da segregação em prisão preventiva, pois mesmo ocorrendo à condenação pela prática do crime que se lhe pretende imputar, ainda assim, o cumprimento da reprimenda deverá ocorrer em regime diverso do fechado”, afirmou o juiz plantonista João Francisco Campos de Almeida.

Como não houve declarações da vítima, pois ela não está em condições de se expressar, o juiz determinou o afastamento do advogado do local onde a mulher mora e proibiu o suspeito de manter contato com a namorada, até que esta possa ser ouvida. O descumprimento da medida pode acarretar em prisão preventiva.

Passagens criminais

Segundo a decisão, o advogado já tem duas passagens criminais, sendo alvo de dos inquéritos policiais em trâmite na 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, uma por descumprimento de medida protetiva de urgência e outra por furto.

O caso

Segundo a Polícia Civil, a equipe recebeu uma denúncia e foi até o condomínio Village do Cerrado, onde a vítima estava sendo mantida contra sua vontade. Ao chegar no local, o dono da propriedade não permitiu que a polícia entrasse, pela gravidade da denúncia. Os policiais tiveram que pular o muro e entrar à força pela porta que dá acesso à cozinha.

A vítima foi encontrada no quarto em estado de desorientação, incapaz de identificar o dia da semana, sua idade ou mesmo dizer o nome do suspeito da ação. Desorientada, ela afirmou que não o conhecia. A situação exigiu a intervenção imediata do Samu, que constatou que a vítima estava sob efeito de substâncias entorpecentes.

Segundo a polícia, o advogado estava visivelmente agitado e nervoso. Ele foi detido no local.



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