colheita avança e impacta nos preços da soja

De acordo com uma análise recente de mercado realizada pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), a colheita de soja nos Estados Unidos continua a avançar, exercendo uma influência significativa sobre os preços. Em 24/09, atingiu um patamar impressionante de 12%. Embora esse número seja inferior às expectativas do mercado, ele ainda permanece acima da média histórica de 11% para esse mesmo dado. Dentre as áreas de cultivo ainda por estarem colhidas, 50% estão em excelentes condições, representando uma diminuição de dois pontos percentuais em relação à semana anterior. Outros 32% apresentam condições regulares, enquanto 18% estão em condições ruinas ou muito ruinas. Notavelmente, 73% desses trabalhos estão atualmente na fase de queda de folhas.

Ainda segundo relatório da CEEMA, o mercado está prevendo uma redução nos estoques trimestrais até 1º de setembro, com uma estimativa de 6,58 milhões de toneladas. Esse valor é inferior aos 7,46 milhões de toneladas registradas no ano anterior e também abaixo das observações do USDA, que apontaram para 6,8 milhões de toneladas. Quanto às exportações de soja dos Estados Unidos, na semana encerrada em 21/09, elas totalizaram 481.638 toneladas, alinhando-se com as expectativas do mercado. Isso resultou em um total exportado de 1,28 milhão de toneladas no atual ano comercial, que teve início em 1º de setembro, representando um notável aumento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No Brasil, a desvalorização do Real na última semana, impulsionada pelo aumento nos preços do petróleo no mercado global, exerceu pressão sobre os preços da soja, resultando em uma melhoria nas cotações. Essa desvalorização é amplamente atribuída ao impacto na inflação global, principalmente nos Estados Unidos. Como resultado, o Banco Central dos EUA pode considerar a possibilidade de aumentar sua taxa de juros. Enquanto isso, o Brasil manteve sua política de redução da Selic, o que provocou uma saída de dólares do país e uma menor entrada de moeda estrangeira, contribuindo para a desvalorização do Real. Se essa situação cambial persistir, o Comitê de Política Monetária (Copom) poderá reavaliar sua estratégia de redução da Selic já na próxima reunião, que está marcada para novembro.



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