“Quando você vê que a maioria dos meios de comunicação que falam do evento se referem a essa operação como ‘brigas’ ou ‘incidentes’ que provocaram sete mortos e mais de uma centena de feridos, quando você finalmente vê nossos parlamentares tentando apaziguar, esconder sorrateiramente esses mortos que incomodam, temos razão, me parece, de nos questionarmos se a imprensa, o governo, o Parlamento, teriam mostrado tanta displicência caso os manifestantes não fossem argelinos, e se, nesse mesmo caso, a polícia teria atirado. Claro que não. As vítimas do 14 de julho também foram mortas por um racismo que não ousa dizer seu nome”, escreveu os escritor Albert Camus, nascido na Argélia em 1913, ao jornal Le Monde.

